6 de outubro de 2015
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A Balada Foi Pesada? Dá Para Ir À Academia no Dia Seguinte?

©AlenD/Shutterstock

body.mag:  Sabendo que o sono é um grande aliado daqueles que possuem metas de desenvolvimento físico, como, em contrapartida, as atividades físicas são aliadas do sono?

Dr. Luciano: A prática de atividade física constante e regular é extremamente útil para uma boa qualidade do sono. Os dois principais transtornos do sono que acometem a nossa população são os distúrbios respiratórios, como apneia e ronco, e as insônias, condição que dificulta o início e manutenção do sono. Nesses dois distúrbios a atividade física tem efeitos benéficos. Porém é importante salientar que a prática de atividade física deve ser feita de preferência até o entardecer, evitando-se exercícios intensos próximos da hora de se deitar, uma vez que pode dificultar o início do sono.

body.mag:  É sabido que existe uma correlação entre o ganho de peso e falta ou irregularidade no sono. Como este processo ocorre?

Dr. Luciano: A obesidade está associada à ocorrência da apneia. A apneia obstrutiva do sono assim como o sedentarismo são condições frequentemente associadas e constituem fatores de risco para doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial e infarto do miocárdio, obesidade, aumento de colesterol, diabetes e acidente vascular cerebral (derrame cerebral).

body.mag:  A privação de uma noite completa de sono é um fator impeditivo para que uma pessoa, naquele mesmo dia, vá à academia e pratique atividades físicas?

Dr. Luciano: Uma noite sem dormir repercute nas atividades do dia seguinte devido à fadiga e sonolência excessiva que costuma ocorrer. Portanto, caso esses sintomas estejam presentes no dia seguinte, a prática da atividade física estará comprometida. Porém, caso o indivído se sinta com disposição, nada impede que uma atividade não muito intensa possa ser feita.

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Sobre DR. LUCIANO RIBEIRO PINTO JÚNIOR

DR. LUCIANO RIBEIRO PINTO JÚNIOR

É Neurologista e Médico do Sono da Academia Brasileira de Neurologia, Neurofisiologista Clínico da Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica, membro da Associação Brasileira do Sono (ABS) e Doutor em Ciência pela Universidade Federal de São Paulo.

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