25 de abril de 2018
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O que Faz a “Famosa” Disbiose Intestinal?

@RomarioIen/Shutterstock

Hoje vamos falar um pouco sobre a ‘famosa’ disbiose intestinal, sua saúde intestinal e como isso influencia sistemicamente todo seu corpo.

Para começar, 70 a 80% do seu sistema imunológico está na sua flora intestinal. A maior parte do seu “exército protetor” está lá.

O uso indiscriminado de antibióticos destrói a sua flora, mantendo tanto as bactérias boas quanto as ruins.

Muitos pacientes com doenças degenerativas, auto-imunes, têm a flora intestinal fora do padrão “normal”. Ou seja, nesses casos ainda pode haver um impacto muito maior do que o citado anteriormente.

Mas como fazer para otimizar o funcionamento da nossa flora intestinal?

TENHA UMA DIETA ANTI-INFLAMATÓRIA!!!

Uma dieta anti-inflamatória vai promover uma flora intestinal mais saudável.

  • Baseando sua dieta em comida de verdade, alimentos verdadeiros.
  • Comer gorduras boas (óleo de coco, azeite, manteiga), ingerir ômega 3 (ômega 3 você consegue através da ingestão de peixes, ou suplementando), comer verduras, legumes, frutas.
  • Carnes de boa procedência. Nesse caso, saiba que, se o gado estava doente e foi dado a ele muitos antibióticos ou, se o mesmo foi alimentado com grãos não tão saudáveis – tudo isso é carregado para a carne e gordura do animal que não teria um perfil lipídico semelhante quanto a um animal que se alimentou livremente. Lembre-se, isso serve para todos os animais que acabam virando alimento.

As bactérias que fazem mal ao nosso corpo se beneficiam de um ambiente inflamatório.

PREBIÓTICOS SÃO INTERESSANTES, mas tome CUIDADO!

Muitas pessoas têm tido o hábito de usar prebióticos como amido resistente e fécula de batata. Isso serve como alimento para as bactérias, porém se você tiver uma população muito grande de bactérias RUINS, elas se proliferarão ainda mais. É melhor utilizar outras fontes como fibras e fermentados (como o iogurte integral, o Kefir). O chucrute ou Kimchi também são ótimos probióticos, assim como o Kombucha. Todos esses alimentos fermentados são uma boa maneira de ‘repor’ sua flora saudável.

E serve, também, quando for necessário fazer suplementação de probióticos.

EVITE ALIMENTOS PROCESSADOS, REFINADOS!

Se você conseguir eliminar os ultraprocessados, industrializados da sua dieta, a maior parte do serviço está feita. São alimentos pró-inflamatórios. Retiram as fibras, vitaminas – todos os bons componentes que havia no alimento in natura.

Alimentos como glúten (mesmo que você não seja celíaco, é interessante ser evitado), óleos vegetais refinados (soja, milho, girassol, até mesmo canola – ricos em ômega 6 – nem o fato de ser mais caro faz diferença, é um alimento ruim de qualquer forma). O açúcar refinado também é muito pró-inflamatório e se encontra em tudo quanto é alimento processado.

Evitar carboidratos simples refinados, processados, modificado geneticamente.

Todos nós sabemos (ou já deveríamos saber que o REAL vilão é o carboidrato em excesso, não a gordura – como se preconizou nos últimos 60 anos – causando essa pandemia mundial de sobrepeso/obesidade.

Esses alimentos não existiam na época da nossa evolução enquanto espécie, logo o nosso corpo tem dificuldade de metabolizar de forma correta. Ao preferir alimentos naturais, em detrimento de ultraprocessados, comemos menos produtos químicos, como conservantes, emulsificantes e todos esses ‘antes’ que a indústria alimentícia coloca em seus produtos. Tudo isso causa uma inflamação crônica no seu organismo – prejudicando sua flora boa e deixando o meio ideal para a proliferação de bactérias ruins.

EXERCÍCIOS - nosso corpo foi feito para ser exercitado.

As facilidades da vida moderna nos afastaram desse caminho. Os exercícios estão relacionados ao aumento da diversidade das bactérias do seu organismo. Essa multiplicidade de colônias na sua flora é extremamente benéfica para seu organismo.

O estresse prejudica imensamente sua flora saudável, devido ao aumento do cortisol. Seu humor também influencia, estar deprimido, irritado, triste causa alterações na flora boa. E nisso o exercício também influencia positivamente.

Concluindo, para evitar a disbiose intestinal é preciso diminuir o uso de antibióticos (uma granada na sua flora), fazer uma dieta anti-inflamatória, priorizando comida de verdade, evitando ultraprocessados e alimentos pró-inflamatórios, reforçar sua flora boa com o uso de alimentos fermentados e, claro, praticar atividades físicas.

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Sobre Dr Bruno Bandeira de Mello

Dr Bruno Bandeira de Mello

Medicina do Esporte | Nutrologia | Performance | Emagrecimento | Saúde | Med. Integrativa

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